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Esconderijos da memória

01/09/2001 a 14/10/2001

Mal do Mundo, Amor do Mundo
Rosana Monnerat revê o Navio de Emigrantes de Lasar Segall
por Katia Canton

Curiosa, Rosana Monnerat se alimenta de imagens que têm o sabor da história. Vorazmente, ela apalpa vestígios de uma memória híbrida, meio vivida, meio imaginada, plena de dor, colorida com alguma alegria, transbordante de um amor solidário pela condição de fragilidade que abarca todo ser humano.

Emocionada, Rosana Monnerat olha, questiona, se encanta e se contamina com o Navio de Emigrantes (1939/41), de Lasar Segall, obra que ecoa o desespero, o risco, o cansaço e, ao mesmo tempo, a esperança do povo judaico, dirigindo-se à América, promessa de um novo destino, de uma vida melhor.

A artista se embebe da pintura de Segall, nutrindo por ela um afeto, plantando nela uma compaixão intuitiva, plena de verdade e de pureza. Pouco a Pouco, Monnerat vai assumindo traços, histórias, sentimentos tragados pela experiência de fruição desse Navio, assim como de todo o corpo da obra do pintor. Nesse ato, ela sobrepõe tempos e sentidos, construindo um discurso em forma de rede, de teia.

Uma grande teia de fios de cobre ganha o espaço. Dessa rede, tomando corpo do chão como um punhado de raízes espiraladas, brota um estranho ser. Ele está só, está nu, mas tem os braços arredondados, segurando bolas metálicas. São as memórias. Fechadas, compactas, secretas. São preciosas, multiplicadoras. Por mais tristes e trágicas, se assumem como bens pessoais, intransferíveis, reservatórios de sentido que pertencem a cada ser humano.

Uma vasta parte do trabalho da artista se materializa através das gravuras em metal. Essas obras serenas e poderosas, cheias de quietude e de respeito à tradição, riscam superfícies e desenham uma cartografia de gestos e de memórias. Rosana respeita e enaltece a vocação dessa técnica, fazendo emergir das chapas de metal memórias prévias. Ele utiliza chapas de cobre já riscadas ou oxidadas para então sulcar seus traços sobre elas, conseguindo, como resultado, um desenho que une acaso e ação.

Nas gravuras de Rosana Monnerat, a recomposição de um tempo perdido se dá pela via de fábulas e projeções das personagens que habitam o Navio de Emigrantes. Surgem histórias e situações imaginárias, como a da criança no vazio, a da mulher que não queria mais falar, a da mãe fazendo o filho dormir, a da menina que sonha com um mundo melhor.

As gravuras em metal ora ganham traçados que lembram escrituras judaicas, fragmentos do Torá, emblemáticos da tradição e da vida pessoal de Lasar Segall. Os riscos e linhas que a artista compõem, recorrentes e insistentes, sulcados sobre o metal e estampados no papel, se tornam também textos, que são hieroglifos e almejam ser decifrados. São desenhos pertencentes a uma cultura e uma realidade distantes que, ao mesmo tempo, na maneira como flutuam na superfície das obras, penetram e exalam pelos poros do papel, se tornando grãos de poeira flanando ao vento.

Seria possível transplantar sentidos? Mesclar realidades?

Monnerat busca um diálogo franco com a história da arte e do mundo. Conversa com uma história não é cronologia. É, sim, tempo/espaço em constante reverberação, relação filtrada pelas vias mutantes da memória.

Há realidades invisíveis do mundo e a artista busca despertá-las, insinuá-las nos “terceiros sentidos” de seu trabalho.

Com sua instalação de teias e suas gravuras em metal, Monnerat atua numa espécie de terceiro sentido de compreensão da realidade. O termo, cunhado pelo crítico francês Roland Barthes refere-se àquelas cenas que não são vistas pelo público, mas que por ele são sentidas, intuídas (1). O terceiro sentido é obtuso, pois se estende para além da cultura e da informação. Ele ex pande o campo da narrativa, criando ecos. Redes de tempos.

O terceiro sentido é errático, mas evidente e obstinado. Ele faz um apelo aos sentidos, como o faz Monnerat, ao sentir nostalgia de algo que não viveu; ao compartilhar uma tristeza que ela retirou do olhar do outro e colou ao seu.

Em seu trabalho, existe um confronto entre o aparente e o oculto, uma tensão permanente entre o presente e o passado. Impossibilitada de reelaborar o que não foi vivido, a artista homenageia uma temporalidade que existe para além do tempo cronológico dos fatos.

Rosana Monnerat desterritorializa a memória. Ela converte o passado numa história sem fim. Expande uma situação de dor para falar do mal do mundo. E, ao jogar suas redes de afetividade por sobre os diferentes tempos e espaços, cobre-nos generosamente de amor.

1-Roland Barthes. “The Third Meaning”, em Image/Music/Text (New York: Noonday Press, 1988, pg. 52-69).

Apoio

Associação Cultural de Amigos do Museu Lasar Segall
Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura do Município de São Paulo
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