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O livro da memória: testemunhos – Gravuras de Bela Gold

23/09/2004 a 21/11/2004

Museu Lasar Segall apresenta até 21 de novembro de 2004, a mostra temporária O livro da memória: testemunhos – gravuras de Bela Gold. A artista plástica de origem argentina vive e trabalha no México. Além das gravuras em grandes formatos, a mostra apresenta três exemplares de livros-objeto, sendo um deles o gigantesco Livro da Memória, projeto que tem sido desenvolvido pela artista há aproximadamente 10 anos.

Suas obras são concebidas a partir de documentos, cartas, etiquetas de bagagem e outros vestígios de vítimas do holocausto nazista. As imagens são construídas a partir da utilização de novas tecnologias – fotocópias, reduções, ampliações, retoques com software de computadores – incorporadas às técnicas tradicionais de gravura como água-forte, entalhe e ponta-seca. Com superposição de imagens e mensagens escritas, sua obra denuncia os acontecimentos ocorridos na Segunda Guerra e evoca a memória do genocídio.

Os testemunhos de Bela Gold, que já foram expostos no Museu da Estampa, na Cidade do México em 2000, e no Museu Judaico de Praga em 2001, vem agora dialogar com um tema presente na obra de Lasar Segall: a lembrança dos horrores do holocausto.

A mostra estimula o diálogo com um dos temas tão presentes na obra de Lasar Segall: a lembrança dos horrores do holocausto, que podem ser vistos no módulo Visões de Guerra, na exposição de longa duração. Estão expostos 50 de uma série de 74 desenhos aquarelados, com cerca de 15 x 20 cm.

Bela Gold – O Livro da Memória
Por Otília Beatriz Fiori Arantes

Nas palavras do crítico mexicano Miguel Angel Echegaray, “se existe uma expressão estética do Holocausto, sem estridência nem gestos grandiloqüentes, a obra de Bela Gold deve figurar em primeiríssimo plano”. Fico tentada a sublinhar a cláusula oculta deste juízo mais do que justo: caso exista a expressão estética e, sendo possível, seja também verdadeira. A hesitação não é obviamente apenas minha, no que diz respeito à representação artística do mal absoluto, ela mesma um salto mortal no inferno do inapresentável. Por isso mesmo, um artista supremo como Schönberg, nos poucos minutos de narração do Sobrevivente de Varsóvia “suspende a esfera estética pela rememoração de experiências que como tais estão fora do âmbito da arte”. Talvez nessa observação crucial de Theodor Adorno se encontre uma das chaves que permitiram a Bela Gold contornar a proibição de elevar o horror à dimensão transfiguradora da arte: nas gravuras e no livros-objeto-dossiê desta mostra no Museu Lasar Segall (como em outras tantas obras produzidas pela artista nos últimos anos e expostas em vários museus do mundo), fragmentos de realidade – listas de nomes, fotos, cartas, assinaturas, inscrições, etiquetas – salvam do anonimato a memória de milhares de vítimas de uma violência inenarrável. Porém, ao contrário do núcleo expressivo da música de Schönberg, não há estridências, como se disse. Na boa observação da historiadora da arte Rita Eder, o compromisso de Bela Gold com o testemunho dos humilhados e massacrados entronca numa tradição que renovou a rememoração do Holocausto, quebrando a ênfase expressionista, dos primeiros tempos, no corpo e no grito, em favor de um registro “mais conceitual e minimalista”.

Não é difícil reconhecer a presença da arte moderna problematizante – entendamos, o registro negativo da mais aguda alienação – nessas obras, na desenvoltura técnica dos recursos utilizados (das colagens, à maneira das vanguardas históricas, aos meios eletrônicos), sob o comando da forma rigorosamente construída, no limite da abstração, cuja dimensão empenhada originária é por assim dizer retomada por Bela Gold. Suprema e deliberada ironia: contra o caráter regressivo da cultura nazista (se é que ainda se pode falar em cultura a propósito do nazismo), a última palavra coube mais uma vez à mais avançada arte moderna. Aliás, não custa lembrar que o artista que deu nome ao Museu, Lasar Segall, teve o privilégio de ver suas obras incluídas na famigerada mostra hitlerista de “arte degenerada”.

Porém, tão logo nos deparamos com a vocação universalista da grande obra de arte moderna, a aporia de que partimos retorna com força redobrada. Se Adorno tem razão, e acredito que tenha, inclusive na sua indecisão: ora a simples composição de um poema após Auschwitz é um ato bárbaro, ora a arte ainda é uma frágil barreira a retardar o seu retorno. Por isso mesmo, o horror que os trabalhos de Bela Gold incansavelmente procuram manifestar encontra por assim dizer sua superação na recusa, através da intromissão daqueles estilhaços de realidade, da forma estética acabada, harmoniosa e homogênea, sem falha – que, não obstante, toda obra de arte exigente persegue, caso não queira trair sua promessa originária de reconciliação e felicidade. Se no horizonte da obra de Bela está sem dúvida a utopia de um mundo pacificado, um tal vislumbre só é possível graças à persistente rememoração do crime infinito que obliterou esse mesmo horizonte de redenção. Tudo se passa como se uma tal ausência se fizesse apesar de tudo presente, a tênue presença que o apocalipse dos campos extinguiu. Este o paradoxo de uma arte inflexivelmente engajada na apresentação da catástrofe que condenou sua própria sobrevivência como arte.

Não falo à-toa em engajamento, afinal estou me referindo a uma obra construída ao longo de mais de trinta anos de militância e testemunho. Trata-se de uma prova suplementar de coerência e de fidelidade à aporia constitutiva de todo um projeto de vida artística. Segundo o filósofo que está nos servindo de guia nesta descida ao último círculo, o impulso que anima a arte engajada, nesta sua acepção a mais enfática e intransigente, nada mais é do que a expressão em negativo do teorema implacável acerca do teor de barbárie do princípio mesmo de estilização estética depois de Auschwitz.

Não sem paradoxo, o milagre da arte vem salvando Bela Gold dessa armadilha da estilização pós-catástrofe. Por mais que refinasse sua pesquisa, em nenhum momento cedeu à tentação do experimento de efeito. Ou mesmo quando induz uma ambiência quase aurática de recolhimento, está na verdade levando-nos a meditar sobre a pulsão de morte de um novo sistema de violência que está se armando no horizonte, por enquanto sinistramente difuso nos mil terrores cotidianos que prolongam a agonia silenciosa das populações descartadas pela atual desgraça econômica do mundo. O que vem por aí nem Deus sabe. Temendo o pior, saudemos a contenção e o recato da arte da rememoração segundo Bela Gold.

Bela Gold
Bela Gold nasceu em Tucumán (Argentina), em 1955. Estudou no Brasil e em Israel, onde se graduou pela Bezalel Academy of Art and Design de Jerusalém em 1976. Transferindo-se em seguida para o México, fez mestrado em artes visuais pela Universidade Nacional Autônoma; atualmente, é professora titular na Universidade Autônoma Metropolitana, em Azcapotzalco.

Desde a década de 1970, Bela Gold vem realizando várias exposições individuais, além de tomar parte em diversas mostras coletivas em Israel, no México, na América Latina e na Europa. Partindo da gravura e do desenho, Bela Gold passou a incorporar outras técnicas a seu processo criativo, como a colagem e a fotografia; além disso, incursionou pela produção de livros-objeto artesanais e por experiências com gravura em formatos grandes.

Sua obra artística é indissoluvelmente ligada à cultura judaica e, sobretudo, à memória do Holocausto, bem como à luta contra a intolerância, a xenofobia e o racismo. Sobre ela, escreveu o crítico Luis Ignacio Sainz:

“Bela Gold se empenha em restaurar a memória. Ela o faz por meio de traços, riscos, transposições digitais e sutis evocações da Shoah. […] As possibilidades expressivas dessa complexa linguagem artística encontram fundamento em uma convicção fundamental: não esquecer o ocorrido […]. Na vasta superfície de suas composições, com ambições legítimas a arte pública, dado o seu formato descomunal, filtram-se, como uma tatuagem, os marcos rememorativos daqueles que foram exterminados, vencidos e humilhados. Trata-se de uma autêntica pele lacerada, […] uma fenomenologia do inferno que se traduz em cédulas de controle de bagagem, fichas de registro dos campos de concentração ou documentos de identidade, entre outros dispositivos de controle.”

Premiada internacionalmente, Bela Gold tem trabalhos no acervo de museus e coleções no México, no Brasil, em Israel e nos Estados Unidos. Em seu trabalho mais recente, destaca-se El libro de la memoria, work in progress apresentado sucessivamente em exposições no Museo Nacional de la Estampa do México em 2000, no Museu Judaico de Praga (República Tcheca) em 2002, no projeto Wondering Library, da Bienal de Veneza de 2003, e agora no Museu Lasar Segall de São Paulo.

Realização

Museu Lasar Segall
Departamento de Museus e Centros Culturais
IPHAN – MinC

 

Apoio

Associação Cultural de Amigos do Museu Lasar Segall
Universidad Autônoma Metropolitana
Sistema Nacional de Criadores – FONCA – CONACULTA – MÉXICO
Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura do Município de São Paulo
Folha de S. Paulo

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