A criação do Museu Lasar Segall (MLS/Ibram-MinC) só foi possível graças à iniciativa da viúva Jenny Klabin Segall, apoiada pelos filhos Oscar e Maurício, este último Diretor Emérito do MLS. Dessa forma, mais de 3.000 obras de Lasar Segall migraram para a esfera pública, assim como as residências da família, acervos de documentos e fotografias e uma importante biblioteca especializada em artes do espetáculo.
Neste momento, Mário Lasar Segall retoma a tradição do pai Maurício e do seu tio Oscar, por meio da doação de 110 obras, que cobrem mais de cinco décadas de produção segalliana: de 1905 a 1955. São 4 óleos sobre tela, 8 pinturas sobre papel, 80 desenhos e 18 gravuras.
Essa doação dá continuidade à primeira doação oficial da família, à Fundação Nacional Pró-Memória, iniciada em 1984, para consolidar não apenas a figura de seu patrono, bem como reforçar o movimento filantrópico da migração de patrimônio privado para a esfera pública.
Segundo palavras de Mário Lasar Segall, “de minha parte, não fiz nada a mais do que faria meu pai, com quem aprendi que arte só vale se for compartilhada, dividida com potencial para sensibilizar, bem como mexer com os seres humanos a ponto de fazê-los refletir e atuar ativa e criticamente sobre seu mundo. Nem todos conseguem estar abertos a esse tipo de influência. Fui muito privilegiado.”
A doação foi realizada no dia 29 de novembro de 2013, com as presenças da Ministra da Cultura, Marta Suplicy e do Presidente do IBRAM, Ângelo Oswaldo.
Alguns trabalhos ficarão expostos na sala de exposição temporária até 20 de dezembro.